Gabriela Bento – Rede UTV Brasil

Família doa órgãos de jovem morto por engano após ataque de ciúmes na Bahia

Gabriela Bento — Thu, 19 Dec 2024 15:01:00 +0000

Em meio à dor da perda, logo após a confirmação da morte encefálica de Kauan Gomes, de 20 anos, a família decidiu doar os órgãos do jovem. O estudante de educação física morreu na terça-feira (17) após ser baleado na cabeça por engano em Feira de Santana, no interior da Bahia, enquanto se dirigia à academia onde trabalhava.

Internado por quatro dias no Hospital Geral Clériston Andrade, ele não resistiu aos ferimentos. A decisão de doar os órgãos foi tomada pela mãe de Kauan, Samile Silva Gomes, antes mesmo de ser questionada pelos médicos.

A doação foi realizada na noite de quarta-feira (18), e, segundo a família, reforça a importância de conscientizar a sociedade sobre a doação de órgãos e a solidariedade ao próximo.

Em entrevista à CNN, um dos primo de Kauan, Renerio Alves Ribeiro Neto, destacou que o gesto, embora difícil, trouxe um propósito à dor da família, oferecendo esperança para outras vidas.

“Ela [a mãe de Kauan] tomou essa decisão de optar pela doação porque isso dá um propósito a toda essa dor que a gente está vivendo, que eu peço a Deus para que ninguém precise passar pelo que a gente está passando, pelo que minha tia, minha família está passando. Mas entendendo que outras famílias não vão precisar ficar enlutadas. Esse é o sentimento dela, de que outras pessoas não vão precisar passar pelo mesmo sofrimento. Por que desperdiçar essa chance de ofertar vida? De dar chance de pais, de mães, de filhos, voltarem ao convívio das suas famílias?”, explicou Renerio.

Renerio também compartilhou o impacto emocional da difícil decisão para a família e refletiu sobre o significado da doação de órgãos.

“É bom que se diga porque a gente tem que refletir sobre a doação de órgãos e sobre tudo que está envolvido nisso. É um ato de amor, é altruísta. Você sair um pouco do seu momento de dor e não ficar pensando só em você, sem pensar no próximo. E digo isso porque, por toda questão de logística e de questões médicas mesmo, acaba postergando um pouco o processo de enterro”.

Devido à doação, o corpo de Kauan só deve ser sepultado nesta quinta (19) ou na sexta-feira (20). “Então, não é fácil passar esse tempo a mais nesse processo, porque é um processo doloroso, mas vale o preço a ser pago”, conclui Renerio.

Relembre o caso

Kauan foi atingido na cabeça por um disparo de arma de fogo na sexta-feira (13) enquanto estava em um carro com a mãe e uma amiga. O autor do disparo segue foragido e a Justiça já solicitou a prisão preventiva dos envolvidos.

Segundo as investigações, o autor do disparo, um homem que estava em um veículo preto, perseguia a companheira no momento do crime.

“O acusado estava em um bar na Avenida Fraga Maia, juntamente com a companheira, na quinta-feira (12), e passaram a noite no local. Já pela manhã, na sexta-feira (13), o casal teve uma discussão. A mulher pegou a chave e o documento da moto do suspeito e atravessou a avenida. Em seguida, ela pediu carona para um veículo branco que estava passando, adentrou e saiu do local”, esclareceu o titular da Delegacia de Homicídios, delegado Gustavo Coutinho.

A polícia apurou que, com ciúmes e sob efeito de álcool e drogas, o homem pediu a um amigo que o acompanhasse para seguir o carro branco, acreditando que a companheira estava nele. Durante a perseguição, o suspeito cometeu o crime, atingindo Kauan por engano.

“No momento, ele estava na posse de um revólver e deflagrou um tiro para o alto. Logo após, o acusado disparou contra o carro branco em que estava Kauan, acreditando ser o veículo em que estava a mulher”, acrescentou o delegado.

Segundo a polícia, após o crime, os suspeitos fugiram para a cidade de Pé de Serra, retornando mais tarde para Feira de Santana. Eles ameaçaram e agrediram a mulher para que ela mantivesse silêncio sobre o ocorrido.

Ainda conforme a Polícia Civil, o motorista do veículo preto foi interrogado, mas o autor do disparo segue foragido. “Ele é um homem muito violento e já responde por tráfico de drogas, roubo e violência doméstica”, destacou a delegada Lorena Almeida, titular da 2ª Delegacia Territorial de Feira de Santana.

Policial civil é suspeito de desviar mercadorias dos Correios em Pernambuco

Gabriela Bento — Thu, 19 Dec 2024 13:41:00 +0000

Um policial civil de Pernambuco é considerado foragido após ter a prisão preventiva decretada pela Justiça em uma operação da Polícia Federal (PF) realizada na quarta-feira (18). O agente é suspeito de integrar uma organização criminosa especializada no desvio de mercadorias postais, principalmente aparelhos eletrônicos transportados pelos Correios.

O alvo da operação não foi localizado na casa dele, no bairro de Boa Viagem, no Recife (PE). Segundo a PF, ele entrou em contato e se comprometeu a se apresentar à polícia posteriormente – o que ainda não aconteceu.

Na quarta-feira, a Operação Ímprobo II, que teve início na Bahia e se estendeu a Pernambuco, cumpriu cinco mandados de busca e apreensão nas cidades do Recife, em Carpina, Zona da Mata, e em Salgueiro, no Sertão do estado, e visou desarticular o esquema criminoso que furtava mercadorias para o comércio clandestino.

A investigação aponta que a quadrilha, com a colaboração do policial, desviava celulares e outros produtos, que eram vendidos no mercado paralelo.

O nome do policial civil não foi divulgado, assim como detalhes sobre a função dele dentro da corporação. Os investigados são suspeitos de associação criminosa e receptação qualificada, crimes que, se confirmados, podem resultar em penas que somadas ultrapassam 11 anos de reclusão, segundo a PF.

Participaram da ação policiais federais da Bahia e de Pernambuco, além de representantes da Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco e da Corregedoria da Polícia Civil de Pernambuco.

A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco afirmou que acompanhou a operação da PF e que a Corregedoria da Polícia Civil instaurou procedimento administrativo para apurar a conduta do policial.

À CNN, os Correios afirmaram que “trabalha em parceria com os entes de segurança para prevenir crimes contra os serviços postais”. A empresa disse ainda que está “priorizando investimentos em ações preventivas para fortalecer a integridade dos serviços postais”.

Sob efeito de drogas, homem tem ataque de ciúmes e mata jovem por engano na Bahia

Gabriela Bento — Wed, 18 Dec 2024 17:34:00 +0000

O estudante de educação física Kauan Gomes, de 20 anos, morreu na última terça-feira (17) após passar quatro dias internado em Feira de Santana, no interior da Bahia. Ele foi atingido na cabeça por um disparo de arma de fogo na sexta-feira (13), enquanto estava em um carro com a mãe e uma amiga.

De acordo com a Polícia Civil da Bahia, Kauan foi baleado por engano enquanto se dirigia à academia, no bairro Sobradinho, na Avenida Francisco Fraga Maia. Apesar de ter sido socorrido, ele não resistiu aos ferimentos.

Segundo as investigações, o autor do disparo, um homem que estava em um veículo preto, perseguia a companheira no momento do crime.

“O acusado estava em um bar na Avenida Fraga Maia, juntamente com a companheira, na quinta-feira (12), e passaram a noite no local. Já pela manhã, na sexta-feira (13), o casal teve uma discussão. A mulher pegou a chave e o documento da moto do suspeito e atravessou a avenida. Em seguida, ela pediu carona para um veículo branco que estava passando, adentrou e saiu do local”, esclareceu o delegado titular da Delegacia de Homicídios, Gustavo Coutinho.

A polícia apurou que, com ciúmes dela e sob efeito de álcool e drogas, o homem pediu a um amigo que o acompanhasse para seguir o carro branco, acreditando que a companheira estava nele. Durante a perseguição, o suspeito cometeu o crime, atingindo Kauan por engano.

Segundo a polícia, após o crime, os suspeitos fugiram para a cidade de Pé de Serra, onde passaram o dia, retornando mais tarde para Feira de Santana. Eles ameaçaram e agrediram a mulher para que ela mantivesse silêncio sobre o ocorrido.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, o motorista do veículo preto foi interrogado, mas o autor do disparo segue foragido. “Ele é um homem muito violento e já responde por tráfico de drogas, roubo e violência doméstica. Nós já representamos pela prisão preventiva dos envolvidos”, destacou a delegada Lorena Almeida, titular da 2ª Delegacia Territorial de Feira de Santana.

O revólver utilizado no crime e o carro foram apreendidos e vão passar por perícia. “Assim que tomamos conhecimento do fato, as equipes iniciaram as investigações. Solicitamos perícia veicular, imagens das câmeras de segurança e ouvimos diversas testemunhas”, informou a delegada.

Polícia apreende mais de 3.500 armas de gel no Recife; cinco pessoas são presas

Gabriela Bento — Wed, 18 Dec 2024 15:25:00 +0000

A Polícia Civil de Pernambuco prendeu cinco pessoas durante uma operação de fiscalização e combate ao comércio ilegal de armas de gel no centro do Recife. A ação resultou na apreensão de 3.510 pistolas de plástico, que disparam bolas de gel, todas com origem fiscal ilícita ou selo do Inmetro irregular. As informações foram divulgadas na última terça-feira (17).

As ações foram realizadas no bairro de São José, uma das principais áreas comerciais da cidade, onde cinco lojas foram vistoriadas. Durante a operação, as pistolas foram localizadas e apreendidas e os responsáveis pelos estabelecimentos foram detidos em flagrante.

Segundo a polícia, após a constatação do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) de que as mercadorias estavam sem notas fiscais, os responsáveis foram autuados por crimes contra o consumidor, mas foram liberados após o pagamento de fiança.

A venda de armas de gel, que se tornou popular nas periferias do Grande Recife, gerou preocupação nas autoridades devido aos riscos que oferecem em situações de violência. Em resposta ao aumento no uso desses artefatos, as cidades de Olinda e Paulista, em Pernambuco, já proibiram a comercialização dos itens.

Risco à saúde

As brincadeiras com armas de gel se popularizaram na Região Metropolitana do Recife, gerando preocupações em relação à segurança e à saúde pública. Entre 30 de novembro e 17 de dezembro de 2024, a Fundação Altino Ventura, referência em oftalmologia no Recife, registrou 83 atendimentos de pessoas com lesões nos olhos causadas por disparos dessas pistolas.

À CNN, a Fundação Altino Ventura informou que os ferimentos incluem arranhões na córnea, inflamações internas e sangramentos, podendo evoluir para complicações mais graves, como glaucoma secundário. A maioria das vítimas tem entre 12 e 18 anos.

Em apenas 10 dias, a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco registrou 110 ligações sobre o uso dessas armas, segundo informações da Polícia Militar.

Em nota, a secretaria destacou a falta de regulamentação específica sobre o tema, o que dificulta ações mais eficazes para prevenir os danos. Embora não haja leis que proíbam a compra e o uso das armas de gel, o uso em espaços públicos tem gerado confusão e riscos.

A pasta afirmou que, quando a Polícia Militar for acionada por ligações ao 190 sobre o uso de armas de gel, realizará a averiguação. Caso seja constatado crime, como perturbação do sossego, lesão corporal, dano ou vandalismo, os envolvidos serão encaminhados à delegacia.

“Não é crime utilizar o objeto, mas pode virar crime dependendo da forma como é utilizado. Cada caso será analisado individualmente e enquadrado no tipo penal correspondente”, explica o delegado Mário Melo.

Conforme a portaria 302, de 2021, do Inmetro, as armas não são brinquedos, o que contradiz a ideia popular de que se tratam de itens inofensivos.

O delegado Mário Melo também enfatizou que, segundo o Estatuto do Desarmamento, as armas de gel devem ser usadas com equipamentos de proteção e em ambientes controlados –o que não está ocorrendo na prática.

MP do Ceará faz operação contra homem suspeito de incitar ódio contra Maria da Penha

Gabriela Bento — Wed, 18 Dec 2024 13:48:00 +0000

O Ministério Público do Ceará deflagrou, no último sábado (14) uma operação para investigar um homem suspeito de incitar ódio e ameaças contra a farmacêutica Maria da Penha Fernandes nas redes sociais.

A ação, que contou com o apoio dos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) dos Ministérios Públicos dos estados do Espírito Santo e do Rio de Janeiro, visou cumprir mandados de busca e apreensão para coletar provas relacionadas ao caso. A informação foi divulgada nesta terça-feira (17).

Durante a operação, os mandados foram cumpridos tanto na residência do investigado no Espírito Santo quanto em um evento voltado ao público masculino no Rio de Janeiro, onde o suspeito também participava ativamente. Equipamentos eletrônicos apreendidos serão analisados pelas autoridades para dar sequência à investigação.

Entenda o caso

Maria da Penha, que se tornou símbolo da luta contra a violência doméstica no Brasil após sobreviver a uma tentativa de homicídio por parte de seu ex-marido, inspirou a criação da Lei 11.340/2006, conhecida como a Lei Maria da Penha. Segundo o MP, nos últimos meses, ela passou a ser alvo de ataques virtuais por membros de comunidades digitais misóginas, que disseminam discurso de ódio contra mulheres.

De acordo com o Ministério Público do Ceará, a operação foi uma resposta a uma série de ataques e ameaças sofridas por Maria da Penha no primeiro semestre de 2024.

A campanha contra a farmacêutica envolvia conteúdo difamatório, calunioso e agressivo, configurando possíveis crimes como intimidação virtual, perseguição e ameaças, aponta o MP. As investigações mostram que o principal investigado tem um perfil nas redes sociais com grande número de seguidores e que sua atuação alimentava um ciclo de desinformação e ódio, voltado especialmente contra a Lei Maria da Penha.

Além dos mandados de busca, o Poder Judiciário determinou medidas restritivas contra o suspeito. O perfil na plataforma Instagram foi suspenso por 90 dias, e ele foi proibido de se aproximar de Maria da Penha ou das filhas, tanto pessoalmente quanto por meio de terceiros. Também foi determinado que o suspeito não pode se ausentar da comarca onde reside por mais de sete dias, nem deixar o país sem autorização judicial.

Maria da Penha foi inicialmente atacada em comunidades digitais que promovem a misoginia, tendo seu nome e imagem usados para espalhar desinformação sobre ela e a Lei Maria da Penha.

Além da agressão virtual, as investigações revelaram que o suspeito se aproximou da antiga residência de Maria da Penha em Fortaleza, um local simbólico, onde ocorreu a tentativa de homicídio contra ela em 1983, aumentando as preocupações com a segurança da farmacêutica.

Polícia reabre investigação sobre a morte de jovem por bala perdida no Recife

Gabriela Bento — Tue, 17 Dec 2024 18:04:00 +0000

A investigação da morte de Darik Sampaio da Silva, adolescente de 13 anos atingido em março por dois tiros supostamente disparados pela Polícia Militar de Pernambuco, foi reaberta pela Polícia Civil.

A decisão foi tomada pela Subprocuradoria-Geral de Justiça, que recomendou a realização de novas perícias, incluindo uma reconstituição do caso. Nesta terça-feira (17), a Polícia Civil de Pernambuco confirmou à CNN que irá cumprir as diligências solicitadas.

A reavaliação do caso ocorre após a juíza Fernanda Moura de Carvalho, da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, rejeitar o pedido de arquivamento feito pelo promotor Ademilton Carvalho Leitão.

O pedido de arquivamento foi feito em 4 de dezembro pela Central de Inquéritos do Ministério Público de Pernambuco (MP-PE), que alegou não ter identificado o autor dos disparos. No entanto, a juíza responsável pelo caso destacou na decisão que ainda existem suspeitos a serem investigados.

À época, o Tribunal de Justiça de Pernambuco informou à CNN que a juíza determinou o envio dos autos ao Procurador-Geral de Justiça para uma nova análise.

Segundo as investigações, Darik Sampaio da Silva foi atingido por duas balas perdidas enquanto suspeitos, em fuga em um veículo Chevrolet Tracker roubado, eram perseguidos pela polícia na Rua Professora Arcelina Câmara, no bairro do Jordão, zona sul do Recife. O adolescente, que era atleta de futsal do Sport Club do Recife, morreu poucas horas depois devido aos ferimentos.

A versão inicial da Polícia Militar indicava que houve uma troca de tiros, mas, em investigação da Polícia Civil, essa hipótese foi descartada. Ficou confirmado que apenas os policiais militares realizaram disparos.

No entanto, a Polícia Civil não conseguiu identificar qual dos cinco PMs envolvidos no caso foi o responsável pelos tiros que mataram Darik, uma vez que os policiais se negaram a participar da reprodução simulada.

No documento, a juíza considerou “precipitada” a decisão de arquivamento e argumentou que ainda havia a possibilidade de a autoridade policial realizar mais diligências para buscar “elementos mínimos indiciários” que pudessem ajudar a identificar o autor dos disparos. Para a magistrada, o inquérito apresenta “um leque de possíveis autores” e não a ausência de suspeitos.