{"id":19556,"date":"2024-10-24T08:03:00","date_gmt":"2024-10-24T11:03:00","guid":{"rendered":"https:\/\/redeutv.com.br\/aluno-autista-aponta-como-colegio-militar-o-ajudou-conquistei-autoconfianca\/"},"modified":"2024-10-24T08:03:00","modified_gmt":"2024-10-24T11:03:00","slug":"aluno-autista-aponta-como-colegio-militar-o-ajudou-conquistei-autoconfianca","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/redeutv.com.br\/aluno-autista-aponta-como-colegio-militar-o-ajudou-conquistei-autoconfianca\/","title":{"rendered":"Aluno autista aponta como col\u00e9gio militar o ajudou: \u201cconquistei autoconfian\u00e7a\u201d"},"content":{"rendered":"

O catarinense Arthur Gabriel tem 13 anos e afirma que, antes de estudar no col\u00e9gio militar, ele era inseguro, tinha problemas de relacionamento e de aprendizado. (Foto: Reprodu\u00e7\u00e3o\/Instagram Luciano Hang)\u201cSou autista do n\u00edvel um e hoje vou dar meu depoimento de como foi o Col\u00e9gio Policial Militar na minha vida\u201d, come\u00e7a o catarinense Arthur Gabriel, de 13 anos, em discurso divulgado na manh\u00e3 desta quarta-feira (23) nas redes sociais de Luciano Hang. As falas foram gravadas no \u00faltimo s\u00e1bado (19) durante visita do empres\u00e1rio ao Col\u00e9gio Policial Militar Feliciano Nunes Pires Antes, em Blumenau (SC).Com desenvoltura ao segurar o microfone, o garoto relata que estudou at\u00e9 2022 em uma escola de ensino tradicional que, na vis\u00e3o dele, n\u00e3o tinha muita disciplina e nem respeito com pessoas na sua condi\u00e7\u00e3o, com Transtorno do Espectro Autista (TEA).\u201cEu estava muito inseguro, tinha problemas para me relacionar e ter amigos\u201d, afirmou Arthur, ao contar que tamb\u00e9m enfrentava dificuldades acad\u00eamicas e estava com notas baixas em quatro disciplinas.Seus pais, ent\u00e3o, decidiram matricul\u00e1-lo na escola militar em 2023 ap\u00f3s o garoto ser sorteado para uma vaga e, em quase dois anos, o menino afirma que tudo mudou. \u201cConquistei autoconfian\u00e7a, e o que \u00e9 isso?\u201d, questiona. \u201cNingu\u00e9m pode definir meu destino. S\u00f3 eu posso\u201d, responde, ao adiantar que ser\u00e1 policial e professor de matem\u00e1tica.Ap\u00f3s o discurso, o garoto foi aplaudido pelo empres\u00e1rio Luciano Hang, que abra\u00e7ou o estudante e publicou o depoimento dele em suas redes sociais. \u201cVoc\u00ea tem uma capacidade incr\u00edvel\u201d, escreveu Hang, na legenda do v\u00eddeo. \u201cEst\u00e1 a\u00ed a prova de que educa\u00e7\u00e3o de qualidade, com \u00f3timos professores, organiza\u00e7\u00e3o, cuidado e disciplina fazem toda a diferen\u00e7a\u201d, continuou.\u00c0 Gazeta do Povo, o Col\u00e9gio Policial Militar Feliciano Nunes Pires Antes informou que Arthur foi matriculado na institui\u00e7\u00e3o por decis\u00e3o dos pais e precisava usar fones de ouvido inicialmente por n\u00e3o se adaptar a locais com muito barulho. No entanto, como o ambiente do col\u00e9gio \u00e9 mais tranquilo em rela\u00e7\u00e3o ao que o garoto estava acostumado, o aluno acabou deixando de lado os fones e melhorando sua capacidade de socializa\u00e7\u00e3o.Arthur passou muita dificuldade na escola anterior, relata a m\u00e3eA m\u00e3e do garoto, Naiara Regina da Costa Pereira, ficou emocionada com o discurso do filho e pontua que ele n\u00e3o se apresentaria dessa forma, se n\u00e3o fosse a metodologia do col\u00e9gio militar. “O Arthur era bem t\u00edmido ao se expressar e passou muitas dificuldades na escola anterior porque falava gaguejando e era motivo de chacota”, recorda.No entanto, a catarinense garante que o respeito e incentivo ao aprimoramento de dificuldades existente na escola militar fez diferen\u00e7a para seu filho. “Eles d\u00e3o a todos o direito de se expressar e ser ouvido, ent\u00e3o, mesmo que o Arthur gagueje devido \u00e0 sua limita\u00e7\u00e3o, ele \u00e9 incentivado a continuar e concluir sua linha de pensamento”, relata a m\u00e3e, que viu o filho, inclusive, melhorar seu aprendizado.”Eles ganha medalhas quando tiram notas altas no bimestre, e o Arthur j\u00e1 ganhou esse reconhecimento”, comemora. Afinal, “tudo que eles fazem t\u00eam uma consequ\u00eancia, boa ou ruim, e isso os incentiva a ser cada dia melhor”.STF promoveu audi\u00eancia sobre escolas c\u00edvico-militares nesta ter\u00e7a-feira (22)A hist\u00f3ria do estudante Arthur Gabriel foi divulgada em meio ao debate a respeito do futuro das escolas c\u00edvico-militares no Brasil, j\u00e1 que partidos como PT e PSOL abriram processos no Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar leis que institu\u00edram e regulamentaram a implanta\u00e7\u00e3o desse modelo educacional no pa\u00eds.Na \u00faltima ter\u00e7a-feira (22), inclusive, uma audi\u00eancia foi promovida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para ouvir diferentes vis\u00f5es a respeito das escolas c\u00edvico-militares. O evento foi marcado por um duelo de dados apontando o sucesso educacional dessas escolas contra narrativas ideol\u00f3gicas tentando depreci\u00e1-las.Argumentos contr\u00e1rios \u00e0 proposta apontam que o programa militariza o ambiente escolar, desrespeitando a Lei de Diretrizes e Bases da Educa\u00e7\u00e3o (LDB) e reduzindo o di\u00e1logo.J\u00e1 representantes que atuam diretamente na administra\u00e7\u00e3o das escolas garantem que o modelo foi implementado com objetivo de melhorar a seguran\u00e7a e a conviv\u00eancia nessas institui\u00e7\u00f5es de ensino, sem alterar o conte\u00fado pedag\u00f3gico. Al\u00e9m disso, apontam que o impacto or\u00e7ament\u00e1rio do programa \u00e9 m\u00ednimo e que os resultados obtidos j\u00e1 s\u00e3o muito positivos, como aumento da frequ\u00eancia escolar e redu\u00e7\u00e3o da evas\u00e3o.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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