Adolescente trans acusa educador de transfobia e agressões em Casa de Acolhimento de São Carlos

12/08/2025 - 17:10  
Adolescente trans acusa educador de transfobia e agressões em Casa de Acolhimento de São Carlos

Jovem disse que educador prendeu a sua mão em uma porta na Casa de Acolhimento de São Carlos Arquivo Pessoal Uma adolescente trans de 17 anos acusa um funcionário do Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes (Saica) de transfobia e agressões. O caso ocorreu na segunda-feira (11). A jovem também informou que o local, conhecido como Casa de Acolhimento, está sem itens de higiene e tem falta de alimentos. 📱 Siga o g1 São Carlos e Araraquara no Instagram Em nota, a Prefeitura de São Carlos informou que vai investigar o caso e que medidas estão sendo tomadas para resguardar os direitos das crianças e adolescentes acolhidos. (Veja nota abaixo). A administração municipal nega falta de produtos e alimentos. Denúncia A adolescente, que vive na instituição há 8 anos, entrou em contato com a reportagem da EPTV, afiliada da TV Globo, para fazer a denúncia. O nome do educador não foi divulgado. “O educador veio para cima de mim e dos demais acolhidos e começou a fazer ameaças. Ele falou que não ia dar nada bater em mim, porque eu sou homem", afirmou. LEIA TAMBÉM: DIFICULDADES: 'Estaria na rua': jovem trans é rejeitada por parentes após morte da mãe e tem acolhimento em casa LGBTQIA+ no interior de SP RELEMBRE: Dia da Visibilidade Trans: artista de SP canta sobre preconceitos sem perder o deboche e alegria de viver ARARAQUARA: Sem família e sobrevivente de violência, mulher trans tem nova vida em 1ª casa LGBTQIA+ do interior de SP: 'sonho é ser feliz' Agressões e transfobia A jovem informou que o educador teria ameaçado outro adolescente no banheiro e agrediu o colega. Segundo ela, o funcionário teria dado um tapa no rosto dos dois e prendido a mão dela na porta quando ela tentou intervir na discussão. Ela também comentou que uma outra funcionária do espaço a trata somente no pronome masculino, desrespeitando a sua identidade de gênero. A adolescente se identifica como mulher, e não com o gênero masculino de nascimento. Os adolescentes afirmam que têm “apenas leite e bolacha” de café da manhã. Também enviaram fotos mostrando um alimento que teria sido servido queimado. (veja foto abaixo) "Está sem as coisas aqui, a gente não tem barbeador, a gente não tem produto de higiene, a gente não tem uma pasta de dente, a gente não tem nada aqui dentro, não tem alimentação direito”, disse a jovem. A prefeitura nega e diz que o Conselho Tutelar esteve no local e afirmou que não faltam produtos. Disse ainda que alguns menores querem marcas específicas e isso 'não existe no poder público'. Adolescente mostra alimento queimado que foi servido na Casa de Acolhimento de São Carlos Arquivo Pessoal O que diz a Prefeitura de São Carlos Veja a nota da prefeitura na íntegra: '"Prefeitura Municipal de São Carlos, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social, informa que tomou conhecimento de denúncia envolvendo o Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes (Saica) e, imediatamente, adotou as providências necessárias para apuração dos fatos, em conjunto com o Conselho Tutelar e a gestão da instituição responsável pelo serviço. Todas as medidas estão sendo tomadas para resguardar os direitos das crianças e adolescentes acolhidos, garantindo sua integridade física e emocional, bem como a devida apuração de qualquer irregularidade. Reforçamos nosso compromisso com a proteção integral prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente e reiteramos que não serão toleradas situações que atentem contra os direitos de crianças e adolescentes no município." VEJA TAMBÉM: Polícia de Araras investiga caso de violência contra ativista trans: Polícia de Araras investiga caso de violência contra ativista trans SIGA O g1 NO INSTAGRAM: Initial plugin text Initial plugin text REVEJA VÍDEOS DA EPTV: Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara