Câmara de Rio Claro cassa mandato do vereador Dalberto Christofoletti por quebra de decoro


Vereador Dalberto Christofoletti é cassado por quebra de decoro parlamentar em Rio Claro A Câmara Municipal de Rio Claro (SP) cassou, no final da tarde de segunda-feira (8), o mandato do vereador Dalberto Christofoletti (PSD). A decisão, por 18 votos favoráveis, acatou o relatório da comissão processante que apontou quebra de decoro parlamentar. 📱 Siga o g1 São Carlos e Araraquara no Instagram O pedido de cassação levou em consideração o fato de o parlamentar ser réu em um processo que investiga supostas irregularidades durante sua gestão como secretário de Cultura, entre 2021 e 2024, e também por sua suposta influência na pasta mesmo após ter se tornado vereador. A defesa de Christofoletti informou que irá protocolar um mandado de segurança na Justiça para anular a sessão, alegando que o vereador foi impedido de se manifestar e exercer seu direito de defesa. Christofoletti foi preso em maio deste ano em uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, mas foi solto em junho. O vereador de Rio Claro Dalberto Christofoletti Reprodução/Instagram Veja mais sobre a região: ÍNDICES: Lei Maria da Penha: atendimentos crescem 44% em São Carlos no 1º semestre CRIME: Homem morre agredido com barra de ferro após briga por rádio no interior de SP ACIDENTE: Justiça liberta médico envolvido em acidente que matou casal em São Carlos O que é quebra de decoro parlamentar? A quebra de decoro parlamentar acontece quando um vereador, deputado ou senador infringe as normas do Código de Ética e conduta exigidas para o exercício do cargo. Isso pode incluir atos que comprometam a imagem da instituição legislativa, como ser alvo de investigações por crimes ou irregularidades, especialmente quando relacionadas ao uso de dinheiro público ou ao próprio mandato. No caso de Christofoletti, o relatório da comissão processante entendeu que a investigação do Gaeco por suposto desvio de verbas públicas configurou uma conduta incompatível com a ética e o decoro esperados de um membro do Legislativo. Relembre a investigação Dalberto Christofoletti foi preso no dia 23 de maio, na segunda fase da "Operação Apropriação Cultural" do Gaeco. Ele é suspeito de liderar uma organização criminosa que teria desviado pelo menos R$ 814,9 mil dos cofres públicos enquanto era Secretário de Cultura de Rio Claro. Leia também a matéria publicada no g1: Saiba quem é o vereador Dalberto Christofoletti, preso suspeito de desvio de R$ 814,9 mil em Rio Claro Segundo o Ministério Público, empresas teriam sido criadas em nome de "laranjas" e eram contratadas pela secretaria, sem licitação, para a realização de eventos culturais. As investigações apontam que parte do dinheiro pago a essas empresas retornava para a conta pessoal do então secretário. O Gaeco também apurou que, mesmo após deixar o cargo para assumir a cadeira de vereador em 2024, Christofoletti continuava a interferir e comandar as ações da pasta. Ele foi solto em junho, após a prefeitura de Rio Claro atender a uma ordem judicial e exonerar a então secretária de Cultura, Marinalva Brito do Nascimento, que também era investigada no esquema. O que diz a defesa A assessoria do vereador cassado tem que convicção de que a sessão que determinou a perda do mandato será anulada na Justiça. Segundo a defesa, o parlamentar teve seu direito de manifestação cerceado, o que tornaria a votação ilegal. Um mandado de segurança será protocolado para reverter a decisão. Quando foi preso, a defesa de Christofoletti rechaçou as acusações, afirmou que o cliente é inocente e que o processo tinha "caráter político". REVEJA VÍDEOS DA EPTV: Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara