Cãozinho 'vovô' de 18 anos que emocionou tutor tem rotina com cuidados especiais e muito amor

21/05/2025 - 06:20  
Cãozinho 'vovô' de 18 anos que emocionou tutor tem rotina com cuidados especiais e muito amor

Boby, que quase não enxerga, dorme com os tutores e conta com amigo pet para se manter ativo, em Santa Gertrudes (SP). Veja como é o dia a dia do animal que viralizou nas redes. Cão ‘vovô’ com mobilidade reduzida é exemplo de amor e dedicação em Santa Gertrudes (SP) Arquivo pessoal O cãozinho Boby quase não enxerga e anda bem devagar, mas tem uma vida cheia de amor e cuidados especiais em Santa Gertrudes, no interior de São Paulo. O salsichinha, que completou 18 anos no mês passado, ganhou até uma homenagem emocionada em vídeo do tutor Daniel Cezário, de 12 anos. O vídeo viralizou nas redes sociais e, só no Instagram do g1, passou de 5 milhões de visualizações. 📲 Participe do canal do g1 São Carlos e Araraquara no WhatsApp Os tutores contaram ao g1 como é a rotina dele, que incluiu dormir na cama deles e contar com a ajuda de um companheiro pet para se manter ativo. Como vive o salsichinha Boby Além da visão limitada, o 'vovô' da raça dachshund tem outras limitações físicas devido à idade, por isso passa a maior parte do tempo na cama. A idade do Boby equivale a 94 anos da idade de um ser humano, segundo cálculos da BBC a partir de dados do Kennel Club do Reino Unido e do Veterinary Medical Database dos EUA. A expectativa de vida da raça é de cerca de 14 anos. “Ele praticamente não enxerga, tem de 2% a 3% de visão hoje, segundo a veterinária. Então a gente tem que ter um cuidado muito grande e ficar atentos às vontades dele”, explicou a correspondente bancária Vanessa Cristina Cezário, de 36 anos. Menino se emociona com aniversário de 18 anos do cachorro Boby no interior de São Paulo A tutora contou ao g1 que o cãozinho dorme com ela ou com o filho Daniel, com quem Boby costuma dividir o travesseiro. No pé da cama jamais! O salsichinha acorda por volta das 8h, quando Daniel já saiu para ir à escola. Vanessa desce o cãozinho da cama, que caminha até a garagem para o xixizinho matinal. Depois é hora de se alimentar bem. Todos os dias Vanessa prepara frango cozido e faz pão de aveia. O cãozinho come, toma água e volta para a cama para ficar perto da tutora que trabalha em home-office. Segundo ela, Boby não gosta muito de ficar no chão da casa onde convive com outro cãozinho, Chase, e mais dois gatos: Ratinho e Bani. Mais notícias da região: VÍDEO: menino se emociona com os 18 anos de cãozinho 'vovô' e viraliza nas redes sociais NOVO LAR: cachorra que ficou 10 dias em telhado após enchente no RS se adapta em São Carlos AMOR: idosa dorme em carro para abrigar 110 cães e gatos em casa: 'Faço tudo e mais um pouco' Cuidados no dia a dia Boby divide o espaço na casa em Santa Gertrudes (SP) com outros animais Arquivo pessoal Geralmente por volta das 10h, Vanessa leva Boby para dar uma esticada nas pernas e tomar um solzinho na rua. “Ele anda bem devagar. Fica na calçada, faz as necessidades dele e volta para a cama de novo. Às vezes, fica inquieto e quer descer. Acredito que seja por não enxergar”, disse a tutora. Quando Daniel chega da escola, Boby costuma ficar agitado e tenta chegar até o portão. Na maioria das vezes, tenta se guiar pelos latidos do companheiro Chase, ainda que a audição também já esteja bastante comprometida. “A veterinária já falou que, pelo fato de o Chase ser muito ativo, bagunceiro mesmo, ele acaba ajudando o Boby a não se recolher e a ser mais ativo também”, explicou Vanessa. Mesmo com as dificuldades, Boby já está acostumado com a casa e desvia bem dos obstáculos. É preciso, contudo, ficar de olho. “Se ele entra no banheiro, por exemplo, ele fica lá no chão. Às vezes até mesmo no quintal, um lugar que é adaptado a ficar, ele para lá. Se o Boby se sentir inseguro, ele para e fica esperando alguém pegá-lo. A gente tem todo esse cuidado, com o olhar em cima dele”, contou Vanessa. Boby tem uma casinha no quintal, mas é raro encontrá-lo lá dentro. Só fica quando a tutora tira o dia para fazer faxina em casa e não pode deixar o cãozinho em cima da cama ou sofá, para ele não correr o risco de cair e se machucar. A tutora Vanessa Cristina Cezário com Boby em Santa Gertrudes (SP) Arquivo pessoal Devido à necessidade desses cuidados, Boby não pode ficar totalmente sozinho. Quando Vanessa sai com Daniel, os avós do menino tomam conta do cãozinho. No caso de uma viagem, quando é possível, a família opta por períodos curtos de no máximo cinco dias. “Apesar de ter os cuidados do meu pai, da minha mãe, da minha avó, a gente tem aquele receio de deixar ele muito tempo sozinho. Ele sente falta por conta das limitações dele, principalmente por não enxergar, ele tem aquela confiança muito grande na gente”, disse a tutora. Para Boby, cada dia é um novo capítulo de superação e carinho, uma prova de que o amor pode enxergar muito além do que os olhos veem. “Sobre o fim, acho que a gente nunca vai estar preparado para isso. O que a gente faz é aproveitar todos os dias a companhia dele, beija muito, abraça muito. Enquanto ele estiver bem, fortinho, enquanto Deus permitir ele aqui, a gente vai cuidar muito”, disse a tutora. Daniel Cezário com o cão Boby que completou 18 anos em Santa Gertrudes (SP) Arquivo pessoal Repercussão do vídeo de Daniel O vídeo emocionado de Daniel celebrando os 18 anos do cachorrinho encheu de orgulho a família. O pedido de parabéns ao Boby chegou a milhares de pessoas e o garoto recebeu centenas de mensagens. "Eu fiquei muito feliz, era um vídeo para homenagear o Boby, para mostrar aos meus seguidores. Quando eu vi que deu toda essa repercussão, eu fiquei muito feliz, muito alegre, não dá nem para explicar a alegria que eu fiquei", disse. "Recebi bastante mensagem, tanto no vídeo quanto em particular, e as que mais me marcaram foram as histórias de tantos Bobys, que viveram com eles [tutores] e que marcaram a vida deles", afirmou Daniel. REVEJA VÍDEOS DA EPTV: Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara