Duas pessoas são presas pela PF em operação contra lavagem de dinheiro em Araraquara


PF de Araraquara prende duas pessoas em operação contra lavagem de dinheiro A Polícia Federal (PF) de Araraquara (SP) cumpriu diversos mandados de prisão temporária e busca e apreensão na manhã desta quinta-feira (11). Ao todo, duas pessoas foram presas em um esquema que movimentou mais de R$ 74 milhões. 📱 Siga o g1 São Carlos e Araraquara no Instagram A Operação Hauler tem como objetivo um grupo investigado por lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro e associação criminosa. A Justiça bloqueou diversos bens, incluindo imóveis de luxo, veículos e contas bancárias. Mais de 80 policiais cumpriram quatro mandados de prisão temporária, além de 19 mandados de busca e apreensão contra 22 pessoas físicas e jurídicas. As ações, autorizadas pela 3ª Vara Criminal de Araraquara, ocorrem na cidade, além de Matão, Ribeirão Preto e Santos (SP). PF de Araraquara apura lavagem de R$ 74 milhões em nova operação contra crime organizado Polícia Federal Duas pessoas presas em Araraquara De acordo com o delegado da PF, Thiago Borelli, 16 dos mandados expedidos pela Justiça foram cumpridos só em Araraquara. Duas pessoas foram presas na cidade, das quatro que estão sendo procuradas. Embora não fossem os chefes da organização criminosa, os presos são peças importantes para as investigações e decisivos no esquema de fraude financeira. "Elas são importantes na utilização de outras pessoas como 'laranjas' e na abertura de empresas de fachada", afirma o delegado. Duas pessoas presas em opração da PF em Araraquara Divulgação/ PF Araraquara Ligação com facção criminosa A PF acredita que o grupo possa ter envolvimento com facções criminosas de alta relevância no Brasil. "Há suspeita de envolvimento com facção criminosa; há muito dinheiro sendo movimentado. R$ 74 milhões no mínimo, com empresas de automóveis de luxo", completa Borelli. O delegado acrescentou que as pessoas que comprar ou venderam os veículos negociados pela organização, sem ter conhecimento do ilícito, não devem ser investigadas. Entenda como o esquema funcionava A investigação da Polícia Federal identificou dois núcleos criminosos que atuavam de forma estruturada em Araraquara e região. Segundo a apuração, os grupos utilizavam um esquema complexo que envolvia: Empresas de fachada: companhias criadas apenas para movimentar o dinheiro sujo e dar aparência de legalidade às transações. Uso de "laranjas": pessoas interpostas (físicas e jurídicas) que emprestavam seus nomes e contas para ocultar os verdadeiros donos dos valores. Movimentações atípicas: grandes volumes de dinheiro circulando de forma a dissimular a origem, que, segundo a PF, vinha de atividades ilícitas. Mais notícias da região: ENEM 2025: Como usar a IA para estudar na reta final (e o que evitar) VIOLÊNCIA: Homem é preso suspeito de esfaquear ex-namorada em São Carlos TRANSTORNO: Moradores de Corumbataí estão sem água há 15 dias A polícia informou que parte dos investigados já possui antecedentes criminais por crimes como tráfico de drogas e tem vínculos conhecidos com facções criminosas que atuam dentro e fora dos presídios paulistas. O montante de R$ 74 milhões, bloqueado pela Justiça, teria sido lavado principalmente através da compra e venda de bens de alto valor, como veículos de luxo, imóveis e embarcações, muitas vezes negociados fora do sistema financeiro para dificultar o rastreamento. Uma loja de automóveis em Ribeirão Preto foi um dos alvos da operação. O nome da operação, "Hauler", é um termo em inglês para transportadores de veículos, como caminhões-cegonha, em alusão à intensa comercialização de carros de luxo pelo grupo para lavar o dinheiro. REVEJA VÍDEOS DA EPTV: Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara