Ex-padre condenado a 10 anos por abuso sexual de menores é preso no interior de São Paulo

03/09/2025 - 17:05  
Ex-padre condenado a 10 anos por abuso sexual de menores é preso no interior de São Paulo

Padre Pedro Leandro Ricardo Clayton Padovan O ex-padre Pedro Leandro Ricardo se apresentou à Polícia Civil, na manhã desta quarta-feira (3), e foi preso. Ele era alvo de um mandado de prisão, expedido em 27 de agosto, em um processo envolvendo abuso sexual contra menores. O ex-pároco se apresentou no 2º Distrito Policial de Santa Bárbara d'Oeste (SP). Foi requisitado exame de corpo delito ao Instituto Médico Legal (IML) e ele também passará por audiência judicial, nesta quarta. Pedro Leandro foi condenado a 10 anos e seis meses de prisão, em regime fechado, em Araras (SP). ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Piracicaba no WhatsApp O mandado de prisão foi expedido pelo Tribunal de Justiça (TJ-SP) após o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmar a condenação e encerrar os recursos possíveis no processo criminal. Em março de 2022, o Papa Francisco decidiu pela demissão do pároco do estado clerical. Na época, ele estava em Americana, mas já havia sido afastado das funções de reitor e pároco da Basílica Santo Antônio de Pádua, desde janeiro de 2019. TJ-SP manda prender ex-padre de Araras condenado por abuso sexual O que diz a defesa Em nota, o advogado de defesa, Paulo Sarmento, informou que Pedro Leandro se apresentou para dar início a sua pena "em colaboração total com a Justiça, como sempre fez durante todo o processo". "Iremos interpor nos próximos dias um pedido de revisão criminal com esperança de conseguir alterar a situação de sua prisão", acrescentou. LEIA TAMBÉM: Justiça de Araras condena ex-padre a 21 anos de prisão por atentado violento ao pudor Pedro Leandro Ricardo foi afastado pela Igreja e investigado por abusos sexuais contra uma criança e três adolescentes Reprodução/EPTV Relembre o caso Segundo a acusação, os abusos aconteceram entre os anos de 2002 e 2005 contra uma criança e três adolescentes de Araras que atuavam como coroinhas da paróquia São Francisco de Assis. As denúncias foram apresentadas pelo Ministério Público em 2019 e aceitas pela Vara Criminal de Araras em 2020. Ricardo foi condenado em duas acusações. A pena foi agravada pela posição de autoridade que ele exercia perante as vítimas. Em sua decisão, o juiz Rafael Pavan de Moraes Filgueira salientou que o ex-padre usava da sua condição e escolhia as vítimas com situações familiares desestruturadas, sabendo que não seria questionado ou enfrentado por seus atos. Em duas das acusações o ex-padre não foi condenado porque, à época dos fatos, as ações praticadas por ele de toques corporais, mesmo que em menores de idade, não eram consideradas atentado violento ao pudor e eram classificadas como contravenção penal de perturbação da tranquilidade. Ele ainda é alvo de inquéritos em Americana e Limeira. As ações tramitam está em segredo de Justiça por envolverem crimes sexuais. Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba