Mãe acusada de torturar filha bebê pega mais de 10 anos de prisão; padrasto foi condenado por morte

08/05/2025 - 16:45  
Mãe acusada de torturar filha bebê pega mais de 10 anos de prisão; padrasto foi condenado por morte

Julgamento de Natália Oliveira Alves Nogueira ocorreu em Leme (SP), na quarta (7). Segundo decisão do júri, ela poderá recorrer em liberdade do crime que aconteceu em 2019. Mãe da bebê morta em 2019 é condenada a mais de 10 anos de prisão em Leme A Justiça condenou Natália Oliveira Alves Nogueira a 10 anos, nove meses e 22 dias de prisão pelo crime de tortura contra a filha, assassinada em Leme (SP) em 2019. Segundo decisão do júri realizado na quarta-feira (7), ela poderá recorrer em liberdade. 📲 Participe do canal do g1 São Carlos e Araraquara no WhatsApp O advogado de defesa dela, William César Pinto de Oliveira, disse que vai entrar com recurso para tentar diminuir a pena. A bebê Lorena Capelli de 1 ano e 10 meses morreu por traumatismo craniano após ser agredida em casa. Em 2024, o padrasto foi condenado no ano passado a quase 50 anos de prisão pela morte da enteada. O julgamento de Natália começou na manhã de quarta e terminou à noite. Ao todo foram ouvidas 12 testemunhas entre policiais, familiares, vizinhos e funcionários da creche onde Lorena frequentava. O júri foi composto por quatro mulheres e três homens. Agressões e morte Mãe é condenada a mais de 10 anos de prisão por tortura contra bebê assassinada em Leme (SP) Reprodução/EPTV O casal foi preso em abril de 2019 após um exame preliminar feito pelo Instituto Médico Legal (IML) constatar que a criança foi vítima de agressão. A creche onde a menina estava matriculada já havia denunciado possíveis maus-tratos dois dias antes da morte da criança. LEIA MAIS: Padrasto é condenado a quase 50 anos de prisão em Leme por morte de enteada de 1 ano e 10 meses Casal é preso suspeito por morte de bebê após IML constatar agressão Padrasto disse à polícia que jogou menina em colchão e ela bateu a cabeça Luís Felipe Britto foi condenado a 49 anos, 9 meses e 18 dias de reclusão. Ele foi considerado culpado pelo homicídio de Lorena com quatro qualificadoras: motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. Em seu depoimento no Tribunal do Júri, Britto negou ter assassinado a menina e culpou a mãe da criança. Ele ainda disse que foi obrigado a assumir o crime. Natália Oliveira Alves Nogueira é julgada por morte da filha de 1 ano e 10 meses em Leme Diogo Nolasco/EPTV Natália conseguiu ir para prisão domiciliar quatro meses após o crime porque estava grávida. Em abril de 2020, porém, foi presa novamente depois que vizinhos denunciaram que ela estava maltratando o bebê recém-nascido. Ela perdeu a guarda da criança e foi solta pouco tempo depois, mediante o cumprimento de algumas regras, como não sair de casa durante a madrugada e não se ausentar da comarca por mais de oito dias sem aviso prévio. O crime Leme tem júri popular para caso de bebê de 1 ano e 10 meses morta em 2019 O crime aconteceu no bairro Itamaraty. De acordo com a Polícia Civil, a mãe da menina disse que saiu para trabalhar, que ficou fora de casa parte do dia e que o padrasto ficou responsável pelos cuidados da menina. Luís Felipe disse à polícia que dava comida para Lorena quando ela teria jogado o prato. Ele admitiu que se irritou com a menina, deu dois tapas na criança e a jogou em um colchão. Com a queda, ela teria batido a cabeça contra a parede. Ainda de acordo com a Polícia Civil, Britto saiu para trabalhar na madrugada e, pela manhã, por volta das 7h, a mãe teria saído correndo pela rua, gritando que a filha estava morta. Solicitados pelos vizinhos, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros estiveram no local, mas a menina não resistiu. REVEJA VÍDEOS DA EPTV: Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara