Tribunal do Júri absolve ré pelo assassinato da travesti Bruna Torres em Araraquara


Corpo de Bruna Torres foi encontrado em rodovia de São Carlos Reprodução/ Redes Sociais O Tribunal do Júri de Araraquara absolveu Ederson Luiz Soares Pereira, conhecida como Lívia, acusada no envolvimento da morte da travesti Bruna Torres. A ré foi absolvida na terça-feira (5) após nove horas de julgamento. Leia também: Júri de Araraquara condena duas pessoas a mais de 20 anos de prisão cada por morte de travesti Lívia foi denunciada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) por homicídio qualificado, por motivo torpe, emprego de tortura e emboscada, e ocultação de cadáver. Segundo o MP, ela teria participado do crime junto com outros envolvidos. Porém, a defesa conseguiu convencer o júri da falta de provas e de falhas no processo. Esta é a segunda absolvição relacionada ao caso. (Veja abaixo) O corpo de Bruna foi encontrado em setembro de 2019 com sinais de violência, com as mãos e pés amarrados, às margens da Rodovia Deputado Vicente Botta (SP-215), próximo ao trevo de acesso ao bairro Cidade Aracy. Relembre o caso Segundo a equipe da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São Carlos, Lívia era gerente de uma casa de prostituição, onde Bruna Torres trabalhava. A investigação apontou que ela estaria envolvida diretamente no crime. Segundo o boletim de ocorrência, o corpo da vítima foi encontrado no dia 15 de setembro de 2019 por funcionários do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) que acionaram a Polícia Rodoviária. A vítima estava com o pescoço quebrado e apresentava sinais de violência no rosto, com hematomas na região dos olhos e sangramento pela boca e nariz. Bruna Torres foi assassinada com requintes de crueldade em 2019 em Araraquara Redes sociais As investigações da Polícia Civil apontaram como suspeitos Tiago Augusto Chiarelli (Tamires ou Tamy), e seu namorado Caio Augusto Rodrigues Oliezer. Tamires era dona de uma pensão que abrigava profissionais do sexo, na Vila Furlan. De acordo com a investigação, Tamy e Caio teriam contratado Dionathas Batista Oliveira para cometer o crime após um desentendimento com a vítima. Tamires está foragida. Segundo testemunhas, Bruna estava hospedada no local e tinha uma dívida de R$ 800 com a dona. Elas viram o casal tentando colocar a vítima à força dentro de um carro. Uma testemunha disse para a polícia que a dona da pensão tinha ciúmes de Bruna, pois suspeitava que ela mantinha uma relação com o companheiro. Bruna nasceu em Manaus e, após o assassinato, amigos se reuniram para pagar R$ 6 mil do traslado do corpo. Segundo a família, ela não tinha inimigos declarados e nunca reclamou de ameaças. Segunda absolvição Em abril de 2023, Caio Augusto Rodrigues Oliezer foi absolvido pela primeira vez, e em setembro do mesmo ano, após o Tribunal de Justiça de São Paulo atender a um pedido do MP e anular o primeiro julgamento. Ainda em abril de 2023, Tamy, que continua foragida, foi condenada pelo Tribunal do Júri a 22 anos e seis meses de prisão, e Dionathas Batista Oliveira, a 25 anos e seis meses. Eles foram denunciados por homicídio qualificado por motivo torpe, emprego de tortura e emboscada e ocultação de cadáver. Veja vídeo: Júri de Araraquara condena duas pessoas pela morte da travesti Bruna Torres Júri de Araraquara condena duas pessoas pela morte da travesti Bruna Torres REVEJA VÍDEOS DA EPTV CENTRAL: